A formação inicial de professores que ensinam matemática: desafios e possibilidades pelo caminho da extensão universitária
DOI:
10.37001/remat25269062v19id713Palavras-chave:
Extensão universitária, Formação de professores de Matemática, IndissociabilidadeResumo
Este artigo tem como objetivo apontar as potencialidades da extensão universitária na formação inicial dos professores de Matemática. A partir de uma pesquisa bibliográfica, realizada no Banco de teses e Dissertações da CAPES e de uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL), realizada nos artigos e nos anais de eventos científicos, serão apontados os desafios e as possibilidades da extensão universitária neste campo formativo. A combinação de elementos das abordagens de pesquisa quantitativa e qualitativa teve como objetivo caracterizar, de forma abrangente e criteriosa, os dados oriundos de diferentes bases de divulgação científica. A abordagem qualitativa, teve o aporte da análise de conteúdo sendo apresentada uma descrição analítica dos conteúdos encontrados nos artefatos de divulgação científica. Os resultados denotam limites e potencialidades para a formação inicial de professores que ensinam matemática. Dos limites, a utilização das ações de extensão universitária distanciada das demandas apresentadas pelo chão da escola e a realização dessas ações de forma eventual o que limita a ação enquanto prática educativa e indissociável. Das potencialidades, a ideia de que a ação de extensão universitária pode se configurar como uma alternativa para o desenvolvimento de uma formação crítica dos professores de matemática se constituindo como um campo de resistência às políticas semiformativas que homogenizam e determinam padrões pragmáticos à formação de professores.
Downloads
Métricas
Referências
ANJOS. M. de C. R. Fronteiras na construção e socialização do conhecimento científico e tecnológico: um olhar para a extensão universitária. Universidade Federal de Santa Catarina, 2014.
ARRUDA. B et.al. Extensão como ferramenta de aproximação da universidade com o ensino médio. Cadernos de Pesquisa [online]. 2019, v. 49, n. 174. pp. 316-327. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/198053146465>. Epub 09 Dez 2019. Acessado 15 junho 2020.
BALL, S. J.; MAINARDES, J. (orgs) Políticas Educacionais: questões e dilemas. São Paulo: Cortez, 2011.
BRASIL. Plano Nacional de Extensão. FORPROEX (2012).
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno (CNE/CP). Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019. Diário Oficial da União: Seção 1, D.F, p 46-49. Acesso em: 15 de abril de 2020.
BRASIL. Resolução nº 2/2019 CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019.Diário Oficial da União: Seção 1, D.F, p.46-49. Acesso em:15 abril de 2020.
BRASIL. Plano Nacional de Educação 2012-2014 [recurso eletrônico]: Lei nº 13.005 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Brasília: Câmara dos Deputados/Edições Câmara, 2014. Acesso em: 15 de abril de 2020.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo: tradução Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016.
CAPES. Documento de área. Área 45: Interdisciplinar. 2019 Disponível em: https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/INTERDISCIPLINAR.pdf. Acesso em: 06 de julho de 2021.
CRISTOFOLETTI, E.C.; SERAFIM, M.P. Dimensões Metodológicas e Analíticas da Extensão Universitária. Educação e Realidade. Porto Alegre ,2020.
CAMARGO, M. R. R. M; MIGUEL, J. C. ZANATA, E. M. Travessias na EJA: a extensão universitária como ponte do fazer, do aprender, do pensar. Cadernos CEDES [online]. 2015, v. 35, n.96. p.p.257-276. Disponível em:<https://doi.org/10.1590/CC0101-32622015723763>. Acesso em 20 de agosto 2021.
CONDOR, S.; EDWIN, J. Dimensión ambiental en la formación profesional de los estudiantes de la Facultad de Educación de la Universidad Nacional de Huancavelica. Educación, Lima, v.27, n.53, p.41-56, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S101994032018000200003& lng=es&nrm=iso>. Acesso em: 15 de junho de 2021.
CUNHA, M. Indicadores de qualidade e a relação do ensino com a pesquisa e a extensão na universidade brasileira. Anais... X Colóquio Internacional sobre gestión Universitária en América del sur. Mar Del Plata, 2010.
CROCHIK, L. Performance, educação e ensino de física: aproximações imprevistas. Educação em Revista [online]. 2019, v. 35. Disponível em:<https://doi.org/10.1590/0102-4698185187. Acesso em:15 de junho de 2021.
D’AMBROSIO. U. Etnomatemática-elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
D’AMBROSIO. U. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas: Papiros, 2012.
DENZIN, N. K. e LINCOLN, Y. S. (Orgs.). O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias abordagens. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
DUDZIAK E.A. (2018). InCites Analysis of Funding Agencies Brazil and Universidade de São Paulo. Zenodo. http://doi.org/10.5281/zenodo.1317042. Acesso em: em 15 de junho de 2021.
FORPROEX. Plano Nacional de Extensão. Brasil. Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior Brasileiras. Fortaleza: Editora Universitária, 2012.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação? São Paulo: Paz e Terra, 2010.
FREIRE, P. Educação e mudança. Trad. de Moacir Gadotti e Lílian Lopes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
FREIRE. P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2017.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021.
GATTI, J.P. Extensão Universitária no Brasil: a experiência formativa na área de Educação da UFSCAR. 2019. 269f. Tese (Doutorado em Educação). Programa de Pós- Graduação em Educação, do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos, UFSCar, São Carlos, 2019.
GAMA, R. P.; NAKAYAMA, B. C. M. S. Rede colaborativa de professores que ensinam matemática: articulando ensino, pesquisa e extensão. Zetetiké, v.24, n.1, pp. 59-74, 2016. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8646529. Acesso em: 01 de janeiro de 2021.
GONÇALVES, N.G.; QUIMELLI, S.A.G. (org.) Princípios da Extensão Universitária: contribuições para uma discussão necessária. Curitiba: CRV, 2016.
ISOTANI, S. B; LEÔNIDAS de O. O papel do professor e do aluno frente ao uso de um software de geometria interativa: iGeom. Bolema: Boletim de Educação Matemática [online]. 2013, v. 27, n. 45, pp. 165-192. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-636X2013000100009>. Epub 17 Jul 2013. Acesso em: 01 de agosto 2021.
LIMA, A. M.; SENA, I. P. F. de S. A pedagogia das competências na BNCC e na proposta da BNC de formação de professores: a grande cartada para uma adaptação massiva da educação à ideologia do capital. In: UCHOA, A. M. da C.; LIMA, A. de M.; SENA, I. P. F. de S. (Orgs.) Diálogos críticos, v. 2: reformas educacionais: avanço ou precarização da educação pública? Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2020.
SKOVSMOSE, O. Educação Matemática crítica: a questão da democracia. São Paulo: Papirus, 2001.
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 312 PDF downloads: 112 HTML downloads: 0 VISOR downloads: 0 EPUB downloads: 24
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.