Expectativa versus Realidade: “Não Era a Matemática que Eu Esperava”
DOI:
10.37001/remat25269062v21id509Resumo
Neste artigo, apresentamos um recorte da pesquisa de doutorado do primeiro autor, que foi finalizada em fevereiro de 2022, no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (PPGEduMat) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), sob a orientação do segundo autor. O objetivo da pesquisa era descrever como alunos e alunas do Ensino Médio Integrado (EMI) e do Ensino Superior de um Campus do Instituto Federal Goiano se constituíam enquanto sujeito-aluno excluído pelo currículo de matemática. O material de análise foi constituído por textualizações de entrevistas narrativas com estudantes do EMI, que cursaram a dependência na disciplina de matemática, e com estudantes evadidos do curso de Licenciatura em Matemática, ambos da referida instituição de ensino. Utilizou-se a Análise do Discurso, inspirada nas teorizações do filósofo Michel Foucault, com a finalidade de destacar enunciados sobre o que foi dito pelos estudantes, na direção de alcançar nossos objetivos. O enunciado que apresentaremos nesse recorte é: ‘não era a matemática que eu esperava’. Nele, os estudantes culpabilizam a matemática eurocêntrica pelo seu processo de exclusão. Veremos que esse enunciado, que coloca a matemática do norte global como a única verdadeira e aceita, é atravessado por outros campos discursivos, como o científico e o pedagógico/educacional, evidenciando como os currículos de matemática são territórios que produzem embates por significações hegemônicas, as quais precisamos problematizar e resistir.
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