Impossibility of bijective mapping between indigenous and Eurocentric mathematical knowledge

Autores/as

DOI:

10.37001/remat25269062v18id603

Palabras clave:

Etnomatemática, Traducción, Indígena, Decolonialidad

Resumen

Este trabajo tiene como objetivo abordar el problema de la traducción de conocimientos matemáticos en contextos de educación escolar indígena, desde tres aspectos: (i) los diferentes lenguajes se basan en diferentes sistemas de referencia, (ii) las lógicas de los diferentes conocimientos matemáticos no son equivalentes, y (iii) hay una imposibilidad de mapeos biyectivos entre conjuntos de conocimientos matemáticos indígenas y eurocéntricos. En este sentido, se problematiza la idea de traducción isomórfica asociada al bilingüismo prescrito como característica de la educación escolar indígena en Brasil. El tema es explorado teóricamente e ilustrado con el análisis de producciones textuales de estudiantes indígenas de un curso de formación docente intercultural en la Amazonía. Como resultado, se muestra que la idea de una traducción total del conocimiento matemático eurocéntrico entre el portugués y las lenguas indígenas, inherente a una concepción colonialista de la educación escolar para los pueblos indígenas, debe ser superada, con miras a la descolonialidad de la educación escolar indígena.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Kécio Leite, Universidade Federal de Rondônia

Doutor em Educação em Ciências e Matemática pela UFMT. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Rondônia.

Quesler Camargos, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Doutor em Estudos Linguísticos pela UFMG. Professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Rondônia.

Citas

AMARAL, B. H. R. A. Haroldo de Campos e a tradução como prática isomórfica: as transcriações. Revista Eutomia, Recife, v. 11, n. 1, p. 261-268, jan./jun. 2013.

BAINES, J. Color terminology and color classification: ancient Egyptian color terminology and polychromy. American Anthropologist, v. 87, 282-297, 1985.

BONFIM, E. S.; QUINTINO, W. B. I'wamnari: as cores e a cosmologia xavante. Revista FSA, Teresina, v. 10, n. 4, art. 15, p. 290-303, out./dez. 2013.

BOULANGER, J. C. Problématique d’une métholodologie dynamique d’identification des neólogismes en terminologie. In: GUILBERT, Louis. Néologie et lexicologie. Paris: Larousse, 1979. p. 36-46.

CABRAL, A. S. A. C; KALAPALO, K.; AWETÍ, M. M.; OLIVEIRA, S. C. S.; SURUÍ, U. Classificadores nominais em três línguas indígenas da Amazônia brasileira: ampliando tipologias. Revista Brasileira de Linguística Antropológica, Brasília, v. 6, n. 1, jul. 2014.

CAGE, John. All What Meaning had Colour in Early Societies? Cambridge Archaeological Journal, v. 9, n. 1, p. 109-126,1999.

CATFORD, J. C. A Linguistic Theory of Translation: an essay in Applied Linguistcs. Oxford: Oxford University Press, 1965.

CRYSTAL, D. A dictionary of Linguistics and Phonetics. 6th ed. Malden, MA: Blackwell Publishing, 2008.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo: Ática, 1990.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

DESCARTES, R. Discurso do Método. Tradução de Ciro Mioranza. São Paulo: Escala, 2003.

DESCARTES, R. Discurso do método. Tradução de Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, 2008.

DOMINGUES, H. H.; IEZZI, G. Álgebra moderna. São Paulo: Atual, 2003.

ENGELMANN, A. A psicologia da gestalt e a ciência empírica contemporânea. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 18, n. 1, p. 1-16, abr. 2002.

FANTINATO, M. C.; FREITAS, A. V. (org.). Etnomatemática: concepções, dinâmicas e desafios. Jundiaí: Paco Editorial, 2018.

FERREIRA, M. K. L. Com quantos paus se faz uma canoa! A matemática na vida cotidiana e na experiência escolar indígena. Brasília: MEC, 1994.

FEYERABEND, P. Contra o método. São Paulo: Editora Unesp, 2011.

HOBBES, T. Leviatã. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

JAKOBSON, R. Lingüística e comunicação. Tradução de Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 2001.

JOSEPH, G. G. Foundations of eurocentrism in mathematics. Race & Class, v. 28, n. 3, p. 13-28, 1987.

KNIJNIK, G. Ethnomathematics and political struggles. Zentralblatt für Didaktik der Mathematik, v. 30, n. 6, p. 188-194, 1998.

LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

LEITE, K. G. Notas sobre a etnomatemática Wari. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ETNOMATEMÁTICA, 4., 2012, Belém. Anais [...]. Belém: IEMCI/UFPA, 2012. p. 1-10. Disponível em: http://www.cbem4.ufpa.br/anais/Arquivos/CC_LEITE.pdf. Acesso em: 14 jul. 2020.

LÉVI-STRAUSS, C. A origem dos modos à mesa. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

MARSHACK, A. On Paleolithic Ochre and the Early Uses of Color and Symbol. Current Anthropology, v. 22, n. 2, p. 188- 191, 1981.

MIARKA, R. Etnomatemática: do ôntico ao ontológico. 2011. 427 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, 2011.

MIGNOLO, W. D. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 94, p. 1-18, 2017.

MIGNOLO, W. Os esplendores e as misérias da “ciência”: colonialidade, geopolítica do conhecimento e pluri-versalidade epistémica. In: SANTOS, B. S. (org.). Conhecimento prudente para uma vida decente: um discurso sobre as ciências revisitado. São Paulo: Cortez, 2004. p. 667-709.

MILLROY, W. L. An Ethnographic study of the mathematical ideas of a group of Carpenters. Virginia: National Council of Teachers of Mathematics, 1992. (Journal for Research in Mathematics Education Monograph, 5)

MONTEIRO, H. S. R. O ensino de matemática na educação escolar indígena: (im)possibilidades de tradução. 2016. 172 f. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e Matemática) – Instituto de Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2016.

MOREIRA, V. C. Leibniz e a linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

NOBRE, D. De que bilinguismo falamos na formação de professores? In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA, 2., 2012, Uberlândia. Anais [...]. Uberlândia: EDUFU, 2012. p. 1-8. Disponível em: http://www.ileel.ufu.br/anaisdosielp/wp-content/uploads/2014/06/volume_2_artigo_096.pdf. Acesso em: 7 jul. 2020.

OROWAJE, W. C. C. Saberes matemáticos do povo Cao Orowaje. 2015. 30 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Educação Básica Intercultural) – Departamento de Educação Intercultural, Universidade Federal de Rondônia, Ji-Paraná, 2015.

PICA, P.; LEMER, C.; IZARD, V.; DEHAENE, S. Exact and approximate arithmetic in an amazonian indigene group. Science, v. 306, p. 499-503, 2004.

POWELL, A. B.; FRANKENSTEIN, M. Ethnomathematics: Challenging eurocentrism in mathematics education. Albany: State University of New York, 1997.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. (org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142.

ROSA, M.; OREY, D. C. Etnomodelagem: a arte de traduzir práticas matemáticas locais. São Paulo: Livraria da Física, 2017.

SANTOS, B. S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2011.

SANTOS, B. S. Para além do pensamento abissal. Novos Estudos, v. 79, p. 71-94, 2007b.

SANTOS, B. S. Reinventar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. São Paulo: Boitempo, 2007a.

SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2010.

SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. Tradução de A. Chelini, J. P. Paes e I. Blikstein. 27. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.

SEPÚLVEDA, Marcela. Pinturas rupestres y tecnología del color en el extremo sur de Chile. Magallania, v. 39, n. 1, p. 193-210, 2011.

SURUÍ, A. P. Saberes matemáticos do povo Paiter Suruí. 2015. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Educação Básica Intercultural) – Departamento de Educação Intercultural, Universidade Federal de Rondônia, Ji-Paraná, 2015.

SURUÍ, U. A.; LEITE, K. G. Incompletude de significado na grafia do termo numérico xakalar amakap om da língua Paiter. In: ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE LÍNGUAS E CULTURAS DOS POVOS TUPÍ, 4., 2013, Ji-Paraná. Anais [...]. Ji-Paraná: DEINTER-UNIR/LALI-UnB, 2013.

SWARTZ, E. Emancipatory narratives: rewriting the master script in the school curriculum. Journal of Negro Education, v. 61, n. 3, p. 341-355, 1992.

VILAÇA, A. Inventing nature Christianity and science in indigenous Amazonia. HAU: Journal of Ethnographic Theory, v. 9, n. 1, p. 44–57, 2019.

VOLTAIRE, F. A. Cartas Inglesas. Traduzido por Marilena de Souza Chauí Berlinck. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1973. (Coleção Os Pensadores, 23).

WHORF, B. Language, Thought and Reality: selected writings. Cambridge: Technology Press of Massachusetts Institute of Technology, 1956.

WILLINSKY, J. Learning to divide the world: Education at empire’s end. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1998.

Publicado

2021-09-03

Métricas


Visualizações do artigo: 187     PDF (Português (Brasil)) downloads: 105 PDF (English) downloads: 19 HTML (Português (Brasil)) downloads: 0 VISOR (Português (Brasil)) downloads: 0 EPUB (Português (Brasil)) downloads: 24

Cómo citar

LEITE, Kécio; CAMARGOS, Quesler. Impossibility of bijective mapping between indigenous and Eurocentric mathematical knowledge. Revista de Educação Matemática, [s. l.], vol. 18, n.º Edição Especial, p. e021042, 2021. DOI: 10.37001/remat25269062v18id603. Disponível em: https://www.revistasbemsp.com.br/index.php/REMat-SP/article/view/105. Acesso em: 30 abr. 2025.