O estimar e o medir na grandeza comprimento: uma análise semiótica das representações sígnicas no ensino e aprendizagem de matemática
Resumo
O artigo apresenta a análise semiótica dos signos-pensamento gerados pelos alunos desde as suas primeiras concepções hipotéticas de comprimento (estimativa) até a máxima sistematização com leitura e comparação de medida representada na linguagem matemática. Fundamentamos o desenvolvimento e a análise das ações discentes/docentes, no referencial teórico da filosofia de Peirce (1839- 1914). Para ele, o modo de apreensão de um fenômeno se dá de forma triádica: primeiridade, secundidade e terceiridade, e o conhecimento se faz mediante signos no decorrer da experiência. Os níveis didáticos Sentir-Perceber/Relacionar/Conceituar idealizados a partir da tríade peirceana de interpretantes, nortearam a investigação do processo de significação dos conceitos apreendidos pelos alunos. As atividades foram desenvolvidas com 32 alunos de 3ª série da Educação Básica- escola pública. Procuramos demonstrar que a questão de aquisição de conceitos matemáticos e sua significação vão além das representações e envolve a integração dos símbolos matemáticos, lingüísticos e científicos.
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