Repercussões das Feiras Nacionais de Matemática na Integração Curricular: olhares de docentes da Educação Profissional Técnica de Nível Médio
DOI:
10.37001/remat25269062v17id366Palavras-chave:
Educação Profissional, Feira de Matemática, Currículo IntegradoResumo
As Feiras de Matemática já são realizadas no Brasil há mais de trinta anos. Ao longo desse tempo, elas foram se constituindo como um importante espaço de aprendizagem científica e promoção de experiências. Considerando a expansão das Feiras nas unidades federativas, o texto em tela dá continuidade aos estudos sobre a integração de componentes curriculares da Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Para isso, analisamos repercussões das Feiras Nacionais de Matemática na Integração Curricular a partir de olhares de docentes que orientaram projetos apresentados em duas edições desse evento, nos anos de 2016 e 2018. Tivemos como base teórica os cenários de investigação de Ole Skovsmose, bem como documentos curriculares e pressupostos teóricos que tratam da articulação entre formação geral e formação profissional, do conceito de interdisciplinaridade e dos cenários de investigação. Observamos, com este estudo, que a interdisciplinaridade proposta nos projetos de Feiras de Matemática pode contribuir para a reconstituição da totalidade do conhecimento científico de outrora, a partir da relação entre conceitos de diferentes componentes curriculares, da formação básica e da formação profissional, além de provocar uma reflexão nos professores quanto às suas aulas de matemática com vista à formação profissional do aluno.
Downloads
Métricas
Referências
ABREU, M. A. M. As Feiras de Matemática: compromisso político pedagógico do educador matemático. Revista Catarinense de Educação Matemática. SBEM SC. Ano I, n.1. 1996.
AINLEY, J. Developing purposeful mathematical thinking: a curious tale of apple trees. PNA – Revista de Investigación em Didáctica de la Matemática, v. 6, n. 3, p. 85-103, 2012. Disponível em: <https://revistaseug.ugr.es/index.php/pna/article/view/6140>. Acesso em: 20 nov. 2019.
ARAÚJO, J. L.; et al. Efemeridade dos cenários para investigação em um episódio de sala de aula de Matemática com tecnologias. Zetetiké, v. 16, n. 29, 2008. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8647034>. Acesso em: 25 out. 2019.
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, Subchefia para Assuntos Jurídicos, 1996.
BIEMBENGUT, M. S.; ZERMIANI, V. J. Feiras de Matemática: história das ideias e ideias da história. Blumenau: Lagere/Nova Letra, 2014.
FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. 3. ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2009.
FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia?. São Paulo: Loyola, 1996.
GONÇALVES, H. J. L. PIRES, C. M. C. Educação Matemática na Educação Profissional de Nível Médio: análise sobre possibilidades de abordagens interdisciplinares. Bolema. v. 28, n. 48, p. 230 -254, 2014. Rio Claro, SP. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-636X2014000100013&script=sci_arttext>. Acesso em: 25 fev. 2020.
JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
OLIVEIRA, F. P. Z.; DALLMANN, M. C. S. O processo de orientação de trabalhos para as Feiras de Matemática. In: ZERMIANI, V. J. (Org.). Feiras de Matemática: Um Programa Científico & Social. Blumenau: Acadêmica, 2004, p. 85-103.
RAMOS, M. Possibilidades e desafios na organização do currículo integrado. In: FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M.; RAMOS, M. (Org). Ensino Médio Integrado: concepção e contradições, São Paulo: Cortez, 2005.
SÁ, L. C. e. As Feiras de Matemática e o desenvolvimento de alunos em suas dimensões sociais e afetivas. In: II Colóquio Internacional de Ensino e Didática das Ciências. Anais do II CIEDIC. Salvador: UFBA, 2016. p. 871-884.
SÁ, L. C. e; TURI, L. F.; GONÇALVES, A. Curricular integration in Vocational Education and Training: an analysis of mathematics fair projects in Brazil. International Journal for Research in Mathematics Education, v. 8, p. 72-85, 2018. Disponível em: <http://sbembrasil.org.br/revista/index.php/ripem/article/view/1416>. Acesso em: 25 fev. 2020.
SÁ, L. C. e; TURI, L. F.; GONÇALVES, A. Interdisciplinaridade e formação profissional no contexto das Feiras de Matemática no Espírito Santo. Perspectivas da Educação Matemática, v. 12, n. 28, p. 186-205, dez. 2019. Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/pedmat/article/view/9465>. Acesso em: 01 mar. 2020.
SILVA, V. C. da. Narrativas de Professoras que Ensinam Matemática na Região de Blumenau (SC): sobre as Feiras Catarinenses de Matemática e as práticas e concepções sobre ensino e aprendizagem de matemática. Tese (Doutorado em Educação para a Ciência). Faculdade de Educação, Universidade Estatual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Bauru. 2014.
SKOVSMOSE, O. Cenários para investigação. Tradução de Jonei Cerqueira Barbosa. Bolema, Rio Claro, v. 13, n. 14, p. 66-9, 2000.
Downloads
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 138 PDF downloads: 56
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.