Perezhivanie nas aulas de matemática: gênero, raça e ciência

Autores

DOI:

10.37001/remat25269062v17id355

Palavras-chave:

Perezhivanie, Ensaio narrativo, Método estético-científico, Pesquisa narrativa

Resumo

A presente narrativa pode ser muito mais um ensaio narrativo. Ensaio, porque busca a partir do estilo ensaístico elaborar certas formulações teóricas sobre a produção de narrativas, e narrativo, pois toma como seu meio de transmissão uma “estória”. Narrar é muito mais do que descrever, é posicionar a particularidade na sua relação dialética com a universalidade do cenário (LUKÁCS, 1965) em que os personagens que emergem da história, sejam imaginários ou reais, devem incorporar certas relações e características humanas fundamentais. É nesse sentido que este ensaio narrativo busca constituir seus personagens reais de uma experiência envolvendo raça, gênero e ciência-matemática.  Serão três cenários diacronicamente separados e sincronicamente interligados: o cinema na escola, a investigação e a Feira de Matemática. Como instrumento de análise do narrar está a teoria histórico-cultural de Vygotsky desenvolvida nos seus últimos trabalhos em torno da categoria de Perezhivanie, que pode ser traduzido como vivência. Em suma, defendemos a pesquisa narrativa como uma investigação nas fronteiras entre arte e ciência, portanto, nosso método que buscamos expor deve ser entendido como um método estético-científico de pesquisa narrativa.

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Biografia do Autor

Guilherme Wagner, UFSC

Professor da Rede Municipal de Florianópolis

Doutorando em Educação Científica e Tecnológica (UFSC)

Mestre em Educação Científica e Tecnológica (UFSC)

Graduado em Matemática (UFSC)

Referências

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Publicado

01-01-2020

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Como Citar

WAGNER, Guilherme. Perezhivanie nas aulas de matemática: gênero, raça e ciência. Revista de Educação Matemática, [s. l.], v. 17, p. e020037, 2020. DOI: 10.37001/remat25269062v17id355. Disponível em: http://www.revistasbemsp.com.br/index.php/REMat-SP/article/view/159. Acesso em: 29 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos