Comparação entre duas sequências didáticas sobre ensino introdutório de álgebra

Autores

  • Eveline Vieira Costa eveline_costa@uol.com.br
    UFRPE

Resumo

Este estudo teve como objetivo investigar eventuais diferenças em resoluções de equações e problemas algébricos  do primeiro grau, em função de uma sequência didática proposta com uma balança de dois pratos como um artefato  didático no processo de construção da equivalência algébrica e da compreensão do conceito de incógnita. Para tanto,  dois  grupos  foram  constituídos:  o  Experimental,  submetido  à  referida  sequência;  e  o  Controle,  submetido  à  metodologia habitualmente usada. A comparação entre o pré‐teste e o pós‐teste, intra e inter grupos, tanto nas  equações, como nos problemas, indicaram que o grupo submetido à sequência proposta, utilizando a balança de dois  pratos,  obteve  um  desempenho  significativamente  melhor  no  que  diz  respeito  ao  procedimento  algébrico.  Este  resultado  sugere  ser  este  artefato  cultural,  juntamente  com  a  sequência  apresentada,  um  facilitador  para  a  compreensão do sinal de igual e sua implicação para a ministração desta disciplina científica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

BACHELARD, G. A formação do espírito científico. São Paulo: Contraponto, 1996.

BOERO, P. Some research questions concerning the use of“real” problems in the teaching of algebra. In: T. ROJANO e L. RADFORD. Algebraic process and structure. 20th International Conference for the Psychology of Mathematics Education. Valencia, Spain, 1996.

BROUSSEAU, G. Os diferentes papéis do professor. In: G. GALVEZ, G. BROUSSEAU, L. A. SANTALÓ, P. SADOVSKY & R. CHARNAY (Orgs). Didática da Matemática: refrexões psicopedagógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

CARRAHER, T. N. & SCHLIEMANN, A. D. Álgebra na feira? In: T. CARRAHER, A. SCHLIEMANN (Orgs). Na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 1998.

CASTRO‐FILHO, J. A., LEITE, M.A.; FREIRE, R. S.; PASCHOAL, I.V. A. Balança Interativa: um software para o ensino da Álgebra. Anais do XVI Encontro de Pesquisa Educacional das Regiões Norte e Nordeste ‐ EPENN, Aracaju, SE, 2003.

CHEVALLARD, Y. La transposition didactique. Brenoble, La pensée Sauvage, 1985.

CORTES, A, VERGNAUD, G. & KAVAFIAN, N. From arithmetic to algebra: negotiating a jump in the learning process. Proceeding of the 14th International Conference Psychology of Mathematics Education. México, 1990.

COSTA, E.V. Um estudo de álgebra elementar com balança de dois pratos. Revista Psicologia: Reflexão e crítica, vol 23, nº 3, 2010.

COSTA, E.V. Ensino introdutório de álgebra elementar: comparação entre um fragmento de sequencia usual e uma sequencia didática com balança de dois pratos para atividade em sala de aula. Recife, UFPE, 1998.

COXFORDE, A. F.; SHULTE, A. P. As idéias da álgebra. São Paulo: Atual, 1995.

DA ROCHA FALCÃO, J. T. A case study of algebraic scaffolding: from balance scale to algebraic notation. Proceedings of the XIX th International Conference for the Psychology of Mathematics Education. Vol. 2, p. 6673, Recife, Brasil, 1995.

DA ROCHA FALCÃO, J. T. A álgebra como ferramenta de representação de problemas. In: A. D. SCHLIEMANN, D. W. CARRAHER, A. G. SPINILLO, L. L. MEIRA & J. T. DA ROCHA FALCÃO (Orgs). Estudos em psicologia da educação matemática. Recife: Editora Universitária, UFPE, 1993.

DA ROCHA FALCÃO, J. T. Proposições de sequências didáticas para o ensino de conceitos matemáticos: o caso da álgebra elementar. VI Simpósio da ANPPEP, Friburgo Rio de Janeiro, 1996.

DA ROCHA FALCÃO, J. T.; LIMA, A. P. B.; ARAÚJO, C.R.; LINS LESSA, M.M.; OSÓRIO, M. A. Didactic sequence for the introduction of algebraic activity in early elementary school. In: Proceedings of the 24th International Meeting of Psychology of Mathematics Education (PME), Hiroshima‐Japão, vol. 2, p. 209‐216, 2000.

FILLOY, E.; ROJANO, T Operating on the unknown and models of teaching. Proceedings of the Seventh Annual Meeting of PME‐NA, Columbus, OH: Ohio State University, 1985, p. 75‐79.

FILLOY, E.; ROJANO, T. From an arithmetical to an algebraic thought. Proceedings of the Sixth Annual Meeting of PME‐NA). Madison: University of Wisconsin1984, p. 51‐56.

GROSSI, E. P. (Org.) Por Que Ainda Há Quem Não Aprende? Petrópolis: Editora Vozes, 2003.

HAN, S.; CHANG, K. P. Problem solving with a Computer Algebra System and the pedagogical usage of its obstacles. In: WOO, J. H., LEW, H. C., PARK, K. S. & SEO, D. Y. (Orgs.). Proceedings of the 31 th Conference of the International Group for the Psychology of Mathematics Education – PME 31. Coréia do Sul, Seul, 2007, vol. 1, p. 223.

KIERAN, C The learning and teaching of school algebra. In: D. A. GROUWS (Org). Handbook of research on mathematics teaching and learning. New York: Macmillan Publishing Company, 1992.

KIERAN, C. Concepts associated with the equality symbol. Educacional Studies in Mathematics, 1981, v. 12, p. 317‐326.

KIERAN, C. Duas abordagens diferentes entre os principiantes em álgebra. In: A. F. COXFORDE; A. P. SHULTE. (Orgs).. As idéias da álgebra. São Paulo: Atual, 1995, p. 104‐110.

LINS, R. C.; GIMENEZ, J. Perspectivas em aritmética e álgebra para o século XXI. São Paulo, Campinas: Papirus, 1997.

MEIRA, L Aprendizagem, ensino e negociação de significados na sala de aula. In: M. H. NOVAES E M.R.F. BRITO, Psicologia na Educação: articulação entre

pesquisa, formação e prática pedagógica. Rio de Janeiro: Associação Nacional de Pesquisa e Pós‐graduação em Psicologia. Coletâneas da ANPEPP, 1996, vol. 1, nº 5.

NUNES, C. Objetos de aprendizagem a serviço do professor. Entrevista publicada no site da Microsoft®. Disponível em http://www.microsoft.com/brasil/educacao /parceiro / objeto_ texto.mspx, 2005.

SCHLIEMANN, A. D., SANTIAGO, M., M., L.; BRITO LIMA, A. P. Understanding equivalences through balance scales. Proceedings of the XVI Annual Conference of the International Group for the Psychology of Mathematics Education, Burham, New Hampshire, 1992, p. 7‐14.

VERGNAUD, G.; CORTES, A. Introducing algebra to “low‐level” eighth and nineth graders. In: L. STREEFLAND (Ed). Proceedings of the 10th International Conference Psychology of Mathematics Education. London, 1986, p. 319‐324.

VERGNAUD, G. Theoretical frameworks and empirical facts in the psychology of mathematics education. In: ANN & K. HIRST (Org). Proceedings of the International Congress on Mathematical Education, Budalpest, 1988, p. 39‐41.

VERGNAUD, G. The theory of conceptual fields, ICME VII, Québec, 1992.

VERGNAUD, G. The nature of mathematical concepts. In: T. NUNES E P. BRYANT (Eds.) Learning and teaching mathematics: An international Perspective. East Sussex: Psychology Press, 1997, p. 5‐28.

VERGNAUD, G. A gênese dos campos conceituais. In: E. P. GROSSI (Org.) Por Que Ainda Há Quem Não Aprende? Editora Vozes, Petrópolis, 2003, p. 21‐60.

VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora Ltda, 1984.

WHEELER, D. (1996). Frente e para trás: Reflexões sobre diferentes abordagens para a álgebra. In: N. BEDNARZ, C. KIERAN, LEE & L. (Orgs.), Abordagens à álgebra: Perspectivas de Aprendizagem e Ensino. Dordrecht, Países Baixos: Kluwer Academic Publishers, 1996, p. 317325.

Downloads

Publicado

01-01-2011

Métricas


Visualizações do artigo: 31     PDF downloads: 25

Como Citar

COSTA, Eveline Vieira. Comparação entre duas sequências didáticas sobre ensino introdutório de álgebra. Revista de Educação Matemática, [s. l.], v. 13, n. 15, p. 55–68, 2011. Disponível em: http://www.revistasbemsp.com.br/index.php/REMat-SP/article/view/308. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos