O estimar e o medir na grandeza comprimento: uma análise semiótica das representações sígnicas no ensino e aprendizagem de matemática

Autores

  • Selma Rosana Santiago Manechine selma.manechine@gmail.com
    Unesp - Bauru
  • Ana Maria de Andrade Caldeira caldeira@netsite.com.br
    Unesp - Bauru

Resumo

O artigo apresenta a análise semiótica dos signos-pensamento gerados pelos alunos desde as suas primeiras concepções hipotéticas de comprimento (estimativa) até a máxima sistematização com leitura e comparação de medida representada na linguagem matemática. Fundamentamos o desenvolvimento e a análise das ações discentes/docentes, no referencial teórico da filosofia de Peirce (1839- 1914). Para ele, o modo de apreensão de um fenômeno se dá de forma triádica: primeiridade, secundidade e terceiridade, e o conhecimento se faz mediante signos no decorrer da experiência. Os níveis didáticos Sentir-Perceber/Relacionar/Conceituar idealizados a partir da tríade peirceana de interpretantes, nortearam a investigação do processo de significação dos conceitos apreendidos pelos alunos. As atividades foram desenvolvidas com 32 alunos de 3ª série da Educação Básica- escola pública. Procuramos demonstrar que a questão de aquisição de conceitos matemáticos e sua significação vão além das representações e envolve a integração dos símbolos matemáticos, lingüísticos e científicos.

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Referências

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Publicado

01-01-2009

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Como Citar

SANTIAGO MANECHINE, Selma Rosana; ANDRADE CALDEIRA, Ana Maria de. O estimar e o medir na grandeza comprimento: uma análise semiótica das representações sígnicas no ensino e aprendizagem de matemática. Revista de Educação Matemática, [s. l.], v. 12, n. 14, p. 9–24, 2009. Disponível em: http://www.revistasbemsp.com.br/index.php/REMat-SP/article/view/315. Acesso em: 3 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos