Problematização, Signos e Matemática: afetos que movimentam acontecimentos e aprendizagens em aulas de Matemática

Autores

DOI:

10.37001/remat25269062v19id683

Palavras-chave:

Prática Educacional em Matemática, Modelo analítico, Machine Learning, Acontecimento no pensamento, Encontro com signos

Resumo

Diversas práticas voltadas para o ensino consistem de métodos e crenças dos profissionais de educação. A aprendizagem pode ou não estar relacionada de forma idiossincrática nesse processo. Assim, com mote em práticas de Resolução de Problemas, visa-se analisar alguns pressupostos teórico-filosóficos que são engendrados nessas práticas e, objetiva-se realizar um estudo analítico acerca dos discursos que permeiam e são permeados, potencializam e são potencializados pelo funcionamento de práticas, teorias, teorizações e outros discursos sobre a Resolução de Problemas. Para isso, procedeu-se a análise do discurso pautada pela arqueogenealogia em Michel Foucault para composição desta composição discursiva. A Resolução de Problemas encaixa-se na égide de uma metodologia, enquanto, em outro panorama, pode ser concebida como algo mais amplo e complexo, como estar aliada ao ensino e à aprendizagem e também funcionar como um agenciamento de um em outro. Assim, é necessário olhar para campos, elementos e conceitos problemáticos e concernentes à Educação onde essas práticas podem acontecer.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Luiz Carlos Leal Junior, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

Doutor em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista - UNESP-, possui graduação em Matemática pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004) e mestrado em Matemática pela Universidade de São Paulo (2006). Atualmente é professor efetivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo.

Antônio dos Santos Andrade, Universidade de São Paulo – USP

Doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP. Professor do Programa de Pós-Graduação da FFCLRP- USP.

Lucas Augusto Moreira Barros, Instituto Federal de São Paulo – IFSP

Técnico em Automação Industrial pelo IFSP.

Referências

ALLEVATO, N. S. G.; ONUCHIC, L. R., Ensino-Aprendizagem-Avaliação: por que através de Resolução de Problemas? In: ONUCHIC, L. R., et al. (Org.). Resolução de Problemas: Teoria e prática. Jundiaí: Paco Editorial, 2014. p. 35-52.

ALMEIDA, M. C. A Matemática na Idade da Pedra: Filosofia, epistemologia, neurofisiologia e pré-história. 1. ed. São Paulo: Livraria da Física, 2017. 642 p.

ASBAHR, F. S. F. A pesquisa sobre a atividade pedagógica: contribuições da Teoria da Atividade. Revista Brasileira de Educação, v. 29, n. 9, p. 108-130, 2005.

AUNIO, P. et al. Young children´s AUNIO number sense in Finland, Hong Kong and Singapore. International Journal of Early Years Education. International Journal of Early Years Education, v. 12, n. 3, out. 2004.

BERBEL, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas. V. 32, n. 1. P. 25-40. 2011.

BERBEL, N. A. N. A problematização e a aprendizagem baseada em problemas: diferentes termos ou diferentes caminhos? Interface – comunicação, saúde e educação, v. 1, n. 2, p. 139-154, fev. 1998.

BRUDER, R. Akzentuierte Aufgaben und heuristische Erfahrungen. In: HERGET, W.; FLADE, L. (Org.). Mathematik lehren und lernen nach TIMSS. Berlin: Volk und Wissen, 2000. v.Anregungen für die Sekundarstufen p. 69-78.

CARRAHER, T. N.; CARRAHER, D. W.; SCHLIEMANN, A. D. Na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 1988.

D’AMBRÓSIO. Educação Matemática: Uma visão do estado da arte. Rev. Pro-posições, Campinas, v. 4, n. 1, p. 7-17, 1993.

DUARTE, N. A teoria da atividade como uma abordagem para a pesquisa em educação. Perspectiva, v. 20, n. 2, p. 23, 2002. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/9646/8881>.

DUARTE, N. A Pedagogia Histórico-Crítica e a Formação da Individualidade para Si. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 5, n. 2, p. 59-72, Dez. 2013.

ENGEL, A. Problem-Solving Strategies: Problem books in mathematics. Nova Iorque: Springer-Verlag, 1998.

ERNEST, P. The Knowledge, Beliefs and Attitudes of the Mathematics Teacher - a Model. Journal of Education for Teaching, v. 15, n. 1, p. 13-33, 1989/01/01. 1989.

FOSTER, C.; WAKE, G.; SWAN, M. Mathematical knowledge for teaching probem solving: lessons from lesson study. Conference of the North American Chapter of the Psychology of Mathematics Education, v. 3, p. 8, 2014. Disponível em: <http://eprints.nottingham.ac.uk/32324/>.

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso. 24. ed. São Paulo: Loyola Ed., 2014. 78 p.

FOUCAULT, M. Arqueologia do Saber. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária Ed., 2015.

FULLAN, M. Large-scale reform comes of age. J. Educ. Change., v. 10, p. 101-113, 2009. Educação Matemática, v. 25, n. 41, p. 26, 2011.

ONUCHIC, L. R.; LEAL JUNIOR, L. C., A Influência da Leitura na Resolução de Problemas: Questões de sentidos, significados, interesses e motivações. REMATEC - Revista de Matemática, Ensino e Cultura, v. 11, n. 21, p. 23, SET. 2016. 2016.

ONUCHIC, L. R. et al. Resolução de Problemas: Teoria e Prática. 1. ed. Jundiaí: Paco Editorial, 2014.

ONUCHIC, L. R.; LEAL JUNIOR, L. C.; PIRONEL, M. Introdução ao Livro Perspectivas para Resolução de Problemas. In: ONUCHIC, L. R.; LEAL JUNIOR, L. C.; PIRONEL, M. (Org.). Perspectivas para Resolução de Problemas. São Paulo: Livraria da Física, 2017a. p. 13-20.

PEHKONEN, E. The state-of-art in Mathematical creativity. ZDM Mathematics Education, Springer Link, v. 29, n. 3, p. 63-67, 1997a.

PEHKONEN, E. The State-of-Art in Mathematical Creativity. ZDM: The International Journal on Mathematics Education, v. 29, n. 3, p. 5, 1997b.

PEHKONEN, E.; NÄVERI, L.; LAINE, A. On Teaching Problem Solving in School Mathematics. C. E. P. S. Journal, v. 3, n. 4, p. 9-23, 2013.

PERELS, F.; GÜRTLER, T.; SCHMITZ, B. Training of self-regulatory and problem solving competence. Learning and Instruction, 15 (2), pp. 123–139. Learning and Instruction, v. 15, n. 2, p. 123-139, 2005.

PINHEIRO, J. M. L.; LEAL JUNIOR, L. C.; FERREIRA, B. L. Escola e aulas de Matemática: ambiente de ser o que se é ou de ser o que está? Acta Scientiae, Canoas, v. 19, n. 2, p. 193-210, mai/abri. 2017.

POLYA, G. How to solve it: A new aspect of mathematical method. Princeton: Princeton University Press, 1945.

POLYA, G. Mathematics and Plausible Reasoning. 2. ed. Princeton: Princeton University Press, Vol. 2, 1968. (Paterns of plausible inference).

RUETER, M. A.; CONGER, R. D. Interaction Style, Problem-Solving Behavior, and Family Problem-Solving Effectiveness. Child Development, Wiley on behalf of the Society for Research in Child Development, v. 66, n. 1, p. 98-115, fev. 1995. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/pdf/1131193.pdf>. Acesso em: 20/11/2017.

SAHLBERG, P. Uso intenso de celular por jovens prejudica o ensino, diz educador finlandês. São Paulo, 23/04/2018 2018. Folha de S. Paulo, Folhapress. TAKAHASHI, F. Performers.

SAVIANI, D. O choque teórico da politecnia. Trabalho, Educação e Saúde, v. 1, n. 1, p. 131-152, 2003.

SCHOENFELD, A. H. Mathematical Problem Solving. Orlando: Academic Press, 1985. 424 p.

SCHOENFELD, A. H. Learning to think mathematically: Problem solving, metacognition, and sense making in mathematics. In: GROUWS, D. A. (Org.). Handbook of research on mathematics teaching and learning. Nova Iorque: Simon and Schuster, 1992. p. 334-370.

SOUZA, M. C. R. F.; FONSECA, M. C. F. R. Relações de gênero, Educação Matemática e Discurso: Enunciados sobre mulheres, homens e matemática: Tendências em Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. 159 p.

STANIC, G. M. A.; KILPATRICK, J. Historical perpectives on problem solving mathematics curricula. In: CHARLES, R.; SILVER, E. A. (Org.). The Teaching and Assessment of Mathematical Problem Solving. Reston: Lawrence Erlbaum, 1989.

STEIN, M. K.; SMITH, M. S. Mathematical tasks as a framework for reflection. Mathematics Teaching in the Middle School, v. 3, p. 268-275, 1998.

TAINTER, J. A. Problem Solving: Complexity, History, Sustainability. Population and Environment, v. 22, n. 1, p. 3-41, 2000. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/27503730>.

VEIGA-NETO, A. Foucault & Educação. 3. ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2011. 159 p.

WIKLER, D. Philosophy as Problem-Solving. American Behavioral Scientist, v. 18, n. 2, p. 250- 260, Nov.-Dez. 1974.

NETO, Joaquim MF Antunes. Sobre ensino, aprendizagem e a sociedade da tecnologia: por que se refletir em tempo de pandemia?. Prospectus, v. 2, n. 1, p. 28-38, 2020.

DOS SANTOS, Guilherme Mendes Tomaz. INTERNACIONALIZAÇÃO EM CASA: REFLEXÕES PARA O CONTEXTO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19. Boletim de Conjuntura (BOCA), v. 5, n. 14, p. 110-115, 2021.

LEAL JUNIOR, L. C. Psicopedagogia e Educação Matemática: Uma arqueogenealogia das pesquisas relacionadas na última década. Trabalho acadêmico (Especialização). Centro Universitário Barão de Mauá. Ribeirão Preto. 2020.

COLL, C. et al. Psicologia do Ensino. Tradução: Cristina Maria de Oliveira. Porto Alegre. Artmed Ed. 2008.

DA SILVA, Euvaldo Soares et al. Uma proposta de ensino à luz da modelagem matemática: a solidariedade durante a Pandemia. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 4, p. 39635-39650, 2021.

Downloads

Publicado

12-08-2022

Métricas


Visualizações do artigo: 56     PDF downloads: 32

Como Citar

LEAL JUNIOR, Luiz Carlos; ANDRADE, Antônio dos Santos; BARROS, Lucas Augusto Moreira. Problematização, Signos e Matemática: afetos que movimentam acontecimentos e aprendizagens em aulas de Matemática. Revista de Educação Matemática, [s. l.], v. 19, n. Edição Especial, p. e022054, 2022. DOI: 10.37001/remat25269062v19id683. Disponível em: http://www.revistasbemsp.com.br/index.php/REMat-SP/article/view/43. Acesso em: 27 abr. 2024.