“Soy un jaguar, devoro humanidades”: ritualizaciones antropofágicas en la educación matemática

Autores/as

DOI:

10.37001/remat25269062v20id790

Palabras clave:

Antropofagia, Diferencia, Educación Matemática, Formación de profesores

Resumen

Al acecho, algunos matemáticos se desplazan, de forma coordinada, y emprenden una expedición por el bosque. Con su mirada exterior y deseo de captura, contemplan la naturaleza de una Matemática pura, universal, omnipresente, productora de riqueza. Estáticos, apenas pueden percibir las otras formas de vida que conviven en el paisaje, y se asustan cuando se encuentran con alguien siendo devorado. Reivindicando la humanidad de su grupo, determinan subhumanidades y nombran a los salvajes, cuando gritan: “los educadores matemáticos son depredadores”. Jaguares, tupinambás y caboclos se mezclan en este ritual antropofágico junto al río. Junto a ellos, un profesor, alumnos de primaria y un aula intentan superar las matemáticas. La luna se pone roja, sangra, porque alguien la persigue para devorarla. Ante la inminencia de devorar a la luna, la construcción de una mediadora abre posibilidades para tragarse al otro y caminar en busca de una tierra sin males. En este artículo nos comemos la humanidad de la Matemática que constituye nuestro propio ser, para dejarnos alterar por aquellos a quienes devoramos. Doblando el lenguaje, asumimos nuestra naturaleza depredadora, en la producción de educaciones matemáticas que toman la experiencia y la diferencia como políticas de afirmación de la vida.

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Biografía del autor/a

Diego Matos, Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

Doutor em Ensino e História da Matemática e da Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor da Escola de Matemática da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Fellipe Coelho, Colégio Pedro II

Mestre em Ensino de Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Carolina Tamayo, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Publicado

2023-01-01

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Cómo citar

MATOS, Diego; COELHO, Fellipe; TAMAYO, Carolina. “Soy un jaguar, devoro humanidades”: ritualizaciones antropofágicas en la educación matemática. Revista de Educação Matemática, [s. l.], vol. 20, p. e023079, 2023. DOI: 10.37001/remat25269062v20id790. Disponível em: https://www.revistasbemsp.com.br/index.php/REMat-SP/article/view/23. Acesso em: 30 abr. 2025.