“Soy un jaguar, devoro humanidades”: ritualizaciones antropofágicas en la educación matemática
DOI:
10.37001/remat25269062v20id790Palabras clave:
Antropofagia, Diferencia, Educación Matemática, Formación de profesoresResumen
Al acecho, algunos matemáticos se desplazan, de forma coordinada, y emprenden una expedición por el bosque. Con su mirada exterior y deseo de captura, contemplan la naturaleza de una Matemática pura, universal, omnipresente, productora de riqueza. Estáticos, apenas pueden percibir las otras formas de vida que conviven en el paisaje, y se asustan cuando se encuentran con alguien siendo devorado. Reivindicando la humanidad de su grupo, determinan subhumanidades y nombran a los salvajes, cuando gritan: “los educadores matemáticos son depredadores”. Jaguares, tupinambás y caboclos se mezclan en este ritual antropofágico junto al río. Junto a ellos, un profesor, alumnos de primaria y un aula intentan superar las matemáticas. La luna se pone roja, sangra, porque alguien la persigue para devorarla. Ante la inminencia de devorar a la luna, la construcción de una mediadora abre posibilidades para tragarse al otro y caminar en busca de una tierra sin males. En este artículo nos comemos la humanidad de la Matemática que constituye nuestro propio ser, para dejarnos alterar por aquellos a quienes devoramos. Doblando el lenguaje, asumimos nuestra naturaleza depredadora, en la producción de educaciones matemáticas que toman la experiencia y la diferencia como políticas de afirmación de la vida.
Descargas
Métricas
Citas
ANDRADE, Oswald de. Em Piratininga. Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha. Revista de Antropofagia, ano 1, n. 1, mai. 1928.
CAMMAROTA, Giovani; ROTONDO, Margareth; CLARETO, Sônia. Formação docente: exercício ético estético político com matemáticas. Perspectivas da Educação Matemática, v. 12, n. 30, p. 679-694, 14 jan., 2020.
CLARETO, Sônia Maria; SILVA, Aline Aparecida da. Quanto de Inusitado Guarda uma Sala de Aula de Matemática? Aprendizagens e erro. Bolema, Rio Claro (SP), v. 30, n. 56, p. 926 - 938, dez. 2016.
CLARETO, Sônia Maria; SILVA, Aline Aparecida da; CLEMENTE, João Carlos. De Triângulo a bola: uma matemática menor e a sala de aula. In: XI Encontro Nacional de Educação Matemática, Curitiba. Educação Matemática: retrospectivas e perspectivas. Rio de janeiro: Sociedade Brasileira de Educação Matemática, 2013.
DERRIDA, Jacques. La différance in Marges de la Philosophie. Paris: Les Editions de Minuit; Collection «Critique». 2003.
DERRIDA, Jacques; ROUDINESCO, Elisabeth. De que amanhã...Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
FREITAS, Rafael. O Rio antes do Rio. Belo Horizonte: Relicário, 2020.
GIRALDO, Victor; ROQUE, Tatiana. Por uma Matemática Problematizada: as Ordens de (Re)Invenção. Perspectivas da Educação Matemática, v. 14, n. 35, p. 1-21, 4 ago., 2021.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Editora: Companhia das Letras, 2019.
KRENAK, Ailton. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
LINS, Romulo Campos. Matemática, monstros, significados e educação matemática. In: BICUDO, M.A.V.; BORBA, M.C. (Org.). Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. 3. ed. São Paulo: N-1 Edições, 2018. 80 p.
MIGNOLO, Walter. COLONIALIDADE O lado mais escuro da modernidade. RBCS Vol. 32 n° 94 junho/2017: e329402.
MIGUEL, Antonio. O cravo de Diderot e as novas políticas educacionais: um diálogo com as luzes em uma nova época de trevas. In: Oliveira, Andréia Maria Pereira & Ortigão, Maria Isabel Ramalho (Orgs.). Abordagens teóricas e metodológicas nas pesquisas em Educação Matemática. Livro Eletrônico. Brasília: Sociedade Brasileira de Educação Matemática. Coleção SBEM 13, pp. 298–320, 2018.
MIGUEL, Antonio; TAMAYO, Carolina; GOMES SOUZA, Elizabeth; MONTEIRO, Alexandrina. Uma virada vital-praxiológica na formação indisciplinar de educadores. Revista de Educação Matemática, v. 19, p. e022004, 8 mar. 2022.
MUSSA, Alberto. Meu destino é ser onça. Rio de Janeiro: Record, 2009.
SIMAS, Luiz Antonio; RUFINO, Luiz. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula, 2018.
SIMAS, Luiz Antonio; RUFINO, Luiz. Flecha no tempo. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
SIMAS, Luiz Antonio; RUFINO, Luiz; HADDOCK-LOBO, Rafael. Arruaças: uma filosofia popular brasileira. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O medo dos outros. Revista de Antropologia, [S. l.], v. 54, n. 2, 2011.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Prefácio. In: AZEVEDO, Beatriz. Antropofagia: Palimpsesto Selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2016.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Rosa e Clarice, a fera e o fora. Revista Letras, n. 98, jul./dez. 2018, p. 9-30.
WEIR, José Ángel Quintero. Da ‘virada ontológica’ ao Tempo de Volta do Nós. Amazônia Latitude: A revista das humanidades ambientais, 06 de abr. de 2021. Disponível em: https://www.amazonialatitude.com/2021/04/06/da-virada-ontologica-ao-tempo-de-volta-do-nos/
Descargas
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 403 PDF (Português (Brasil)) downloads: 141
Cómo citar
Número
Sección
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.