“Venham conosco um sábado para ver...”: pensar com Paulo Freire a formação de professores e de professoras de Matemática em uma Licenciatura em Educação do Campo
DOI:
10.37001/remat25269062v22id447Palavras-chave:
Educação Matemática, Educação do Campo, Rural, Formação de professores e de professoras de Matemática, Paulo FreireResumo
Este artigo tem como objetivo pensar com Paulo Freire a formação de professores e de professoras de Matemática em Licenciaturas em Educação do Campo. Ainda que, muitas vezes, os conceitos freireanos não estejam diretamente expressos em documentos ou práticas vinculados a essa formação, acreditamos que o pensamento de nosso patrono nos permite qualificar a leitura desses processos formativos, em uma abordagem crítica e reflexiva. Para isso, discutimos, especificamente, o curso de Licenciatura em Educação do Campo (Lecampo) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirmando tanto os princípios gerais do curso - o protagonismo dos sujeitos e dos seus contextos de produção de vida; a formação de docentes por área de conhecimento; e a organização dos tempos e espaços em alternância - quanto processos específicos da habilitação em Matemática junto pensamento pedagógico de Paulo Freire. As interpretações colocadas não se restringem aos contextos rurais, mas nos ajudam a tensionar ideários, discursos e práticas ligados à educação matemática e promovidos em diferentes contextos, inclusive os urbanos. O que se intenciona, então, é aprender sobre educação matemática com os territórios camponeses, em diversidade, movimento e coletividade, na direção de um convite: “Venham conosco um sábado para ver…”.
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