Desinvisibilizar currículos pensadospraticados de matemática, perspectivas para a pesquisa em currículo
DOI:
10.37001/remat25269062v21id452Keywords:
Currículo, desinvisibilizar, política curricular, práticas emancipatóriasAbstract
Neste texto, temos o propósito de apresentar os quadros teórico-metodológicos que têm subsidiado as pesquisas que orientam nossa proposta de desinvisibilizar currículos pensadospraticados, práticas emancipatórias, insubordinações criativas e outros aspectos capazes de ampliar a institucionalidade desses currículos em meio às disputas que marcam o campo curricular, além de evidenciar a dimensão da autoria docente, que emerge da ruptura com o paradigma que cinde quem pensa e quem faz currículo, assumindo-a como direito no campo da profissionalização da docência. Para isso, recuperam-se elementos de trabalhos anteriores, orientados pela Sociologia das Ausências e das Emergências, suas implicações e perspectivas para as pesquisas sobre currículo em Educação Matemática, a fim de também tensionar essa opção teórico-metodológica. Esse aspecto, que se evidencia como resultado, neste texto, está representado pelos aprimoramentos e tensionamentos que se podem perceber entre o primeiro e o segundo quadro teórico-metodológico apresentados. Caracterizamos, portanto, quatro possibilidades para as pesquisas com tais afinidades em nossa área a partir do reconhecimento de que a criação curricular cotidiana de professoras e professores tem sido produzida ativamente como inexistente, sobretudo pelas políticas curriculares prescritivas. Tais possibilidades, resultados deste estudo e subsidiárias de outros estudos correntes, enfatizam, de um lado, políticas curriculares que tenham sido capazes de acolher ou promover a autoria docente e o não desperdício dessas experiências e, de outro, a desinvisibilização das próprias práticas produzidas por esses sujeitos.
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